sábado, 13 de junho de 2015

Vestidinhos de renda


 

Essa menininha nunca foi fresquinha,
Atravessa qualquer parada, aprendeu a se virar sozinha.
Sozinha, mas nem tanto.
Ela não vive sem amor, paixão ou encanto...
Tem dessas que viram patricinhas, outras guerreiras de primeira linha.
É ela a minha bonequinha 
Aprendeu a andar na ponta dos pés para depois andar sozinha.
Mãos de princesa ...
Dedilhar piano nunca foi seu forte,
Cansou de ser Rapunzel na torre coberta de flores,


Amores?
Bobos da côrte enfeitiçados.

 

Homem pra ela tem que ser guerreiro e constante.
Daqueles que não saem fora por nenhum instante
Chorou e ainda chora...
Porque ainda espera mudar o mundo...
Liberdade é a palavra certa...
Igualdade é o que espera.
Livre das barreiras que o preconceito revela,
Não gosta de muros 
Não precisa de armas
Revoluciona...


Não gosta de flores, senão vivas e suntuosas.
Ramalhetes são desperdícios...
Deixou de ver a vida como um filme, cansou de esperar do nada!
A luta é a melhor maneira de se sentir amada
Armada!


Ama o som do mar,
Música alta, baladas constantes...
A menininha dos laçinhos cor de rosa...
Vestidinhos rendados...
Sapatinhos de cristal...
Mulher... 
Laços rosas,
Sapatinhos de cristal???
Sua nobreza não vem de impérios.


Foto, Arte e Make By Sills

Texto adaptado do poema de Ana Beatriz Figueiredo Mota 
http://pensador.uol.com.br/a_menininha_cresceu/ 


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