domingo, 11 de novembro de 2018

Na boca do estômago...


Hoje o sol se abril, fez frio.

Ela vestiu seu moletom e fez chá. 

Ele vestiu um sorriso e saiu. 

O céu repleto de nuvens, e a vida repleta de incógnitas. 

Ela se atirou no sofá e chorou. 

Ele bebeu na esperança de esquecer. 

As ruas sempre cheias de pessoas vazias. 

Ela não entendia o porquê da solidão doer tanto. 

Ele sentia pelo fato de estar só. 

O vento corria por entre os prédios. 

Ela se prendia dentro dos próprios sentimentos. 

Ele se iludia com uma falsa liberdade. 

Os desejos batiam a porta. 

Ela os ignorava. 

Ele os recebia. 

As cores sem a mesma intensidade, só restava o opaco de olhares perdidos. 

Ela oscilava entre choros e sorrisos. 

Ele não sabia mais para onde olhar. 

O medo aprisionou a felicidade. 

Ela aprisionou seus sonhos. 

Ele se fez refém do próprio orgulho. 

A vida andou rápida demais. 

Ela perdeu oportunidades. 

Ele se perdeu no tempo. 

Ainda existem manhãs onde os raios de sol insistem em invadir a janela. 

Ela sai para correr. 

Ele chega para dormir. 

A vida não segue roteiros. 

Ela faz listas. 

Ele esquece os compromissos. 

O destino seguiu seu caminho. 

Ela faz planos para os domingos. 

Ele faz questão de deixar para depois. 

O amor já fez morada naqueles corações. 

Ela desistiu do amor e preferiu esquecer. 

Ele jamais se perdoou por um dia lhe perder. 

As diferenças separaram os dois, havia amor e reciprocidade, faltou diálogo e compreensão. 

Ela segue arrependida por não ter tentado.

Ele segue arrependido por não ter insistido. 

Ambos seguem sabendo que foram amados, mas preferem que o orgulho faça sentido.






Um comentário:

  1. Muito bom o texto!!!! Parece com uma história que nós conhecemos bem!!! Final feliz é pra desenho da Disney... Tem histórias que nunca terão um fim.... tem histórias que chegam e continuam de outras vidas.

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